terça-feira, 13 de março de 2012

Tudo Igual

Acordo, levanto, penso, lamento.
Bebo, fumo, falo, experimento.
Sinto, escrevo, diminuo.
Às vezes desdenho, às vezes incluo.

Fazer, achar, conjecturar.
Por vezes, me ressentir.
Amar, aceitar, rezar.
Crer, refazer e concluir.

Tanto tempo e tempo nenhum,
Um café demorado,
Desesperei mais um,
Desperdiçando... Desperdiçado.

Falo com quem não preciso,
Faço o que não quero,
Sorriso, meio indeciso.
Digo que não erro.

Permito-me dizer deslize,
Arrogante? Talvez!
Aguardo alguém que me avise,
Que posso pelo menos uma vez.

Por muito tempo vivo com algemas,
Castrado, obsoleto, esquecido.
Juntei-me a algumas centenas,
Vivo e morto.

Amanhã começa tudo de novo,
Acordo, levanto, penso...
Inicio outro dia igual à ontem,
Por isso o inferno não seria má ideia.

Por: Eduardo H. Martins
Em: 14/03/2012