Redentor seja Deus de ter
me dado mão tão forte,
Deixar pra trás a história
da minha vida,
Me trazer pela mão, me
guiando desde lá do norte,
Pra tentar uma vida
melhor, menos sofrida.
Fez minha mãe se fazer de
boba,
Deixou-me ir, pra depois
desabar.
Evitando aquela choradeira
toda,
Foi menos um nó pra eu
desatar.
Mas ai dela, desse filho
nem por um instante se esquecer.
Nem que leia dona Dalva, a
vizinha mais chegada.
Com essa mão de Deus,
ainda hei de aprender a escrever,
Nem que seja com o
coração, só pra mandar notícia pra casa.
Vim com a coragem e um
sonho no peito.
Dai-me forças pra tudo que
sei que me espera,
Hei de fazer fortuna nem
que seja na marra,
Pra voltar pro meu colo e
pra minha terra.
Por: Eduardo H. Martins
Em: 05/07/2013