segunda-feira, 15 de julho de 2013

Valei-me, Deus.



Redentor seja Deus de ter me dado mão tão forte,
Deixar pra trás a história da minha vida,
Me trazer pela mão, me guiando desde lá do norte,
Pra tentar uma vida melhor, menos sofrida.

Fez minha mãe se fazer de boba,
Deixou-me ir, pra depois desabar.
Evitando aquela choradeira toda,
Foi menos um nó pra eu desatar.

Mas ai dela, desse filho nem por um instante se esquecer.
Nem que leia dona Dalva, a vizinha mais chegada.
Com essa mão de Deus, ainda hei de aprender a escrever,
Nem que seja com o coração, só pra mandar notícia pra casa.

Vim com a coragem e um sonho no peito.
Dai-me forças pra tudo que sei que me espera,
Hei de fazer fortuna nem que seja na marra,
Pra voltar pro meu colo e pra minha terra.

Por: Eduardo H. Martins
Em: 05/07/2013

domingo, 30 de junho de 2013

Hoje.


Hoje acordei sem vontade de sorrir,
Olhos marejados de saudade.
Gosto de tristeza e dormência na boca...
... Sinto cheiro de ontem.

Dor na lembrança,
Lembrança na alma,
Alma maldita,
Maldito amor.

Amor que acalenta,
Afasta, devasta, mas não morre,
Adormece entre virgulas e reticências.
Reticente a espera de um ponto final.


Por: Eduardo H. Martins

Em: 30/062013

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Fui ali, olhar a vida.
E percebi...

A água muda de rumo,
Ideias de pessoas,
Vida de sentido
E o amor tem fim.

As folhas caem no chão,
“Teorias” caem por terra,
Lagrimas caem dos olhos
E o amor cai por si só.

Ferida aberta a ferro,
Palavra que abre a mente,
Mente que sente saudade
De alguém que feriu o amor.

Amor ferido, surtado.
Amor que mata,
Amor que mente,
Amor... Mil vezes abandonado.

Fui ali, olhar a vida.
Oque percebi?
Nunca fui amado!

Por: Eduardo H. Martins
Em: 07/06/2013

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ser (vil)


Não preciso de nada que me é imposto, impostor ou impossível.
Não preciso de provas do passado, permissão ou privilégios.

Gente gentil que se agita por besteiras,
Gente fútil, gente que gera problema.
Gente que generaliza gente.
Gente que inventa inveja, gente vil.

Gente que não se ingere... Gente que cospe.
Gente de longe trazendo gíria, jeito e gesto.
Gente que não se ajeita e decide dar jeito
Na vida de quem geralmente, gera gentileza.

Não preciso de nada que me seja vago, devagar o vagaroso,
Se um dia eu precisar de algo devagar, eu mesmo divago.

Por: Eduardo H. Martins
Em: 22/03/2013 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

...



As lembranças de quem se foi,
Já parece suprir a saudade.
As que não acontecerão,
Essas sim são dores de verdade.

Por: Eduardo H. Martins
21/02/2013

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Descuido



Quando as lágrimas correrem nos meus olhos,
Não se preocupe.
Se essas mesmas lágrimas calarem minha boca...
Um dia eu falo!

Se a saudade for maior que a dor,
Curo com as lembranças.
Se a dor beirar a loucura,
O vinho terá gosto de sal.

Se acredita que sou uma cafajeste,
Pare de falar de amor.
Se não entende minhas perguntas,
Pare de querer respostas.

Se às vezes o café é mais amargo,
O problema pode ser sua língua...
Afiada de mais pra sentir o sabor...
E ainda sim sou motivo de riso.

Patético, abraçando paredes.
Mendigando o cheiro do seu perfume
Que ainda está aqui.
Passo os dias andando pelo corredor,
Esperando que ele me dissesse alguma coisa.

Já que por conta de um descuido, você não disse nem... Adeus!

Em: 14/02/2013
Por: Eduardo H. Martins

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Memórias na estante



Buscando explicações...
Buscando esquecer...
Buscando aprender...
Buscando não doer.

Ninguém explica nada.
Ninguém esquece nada.
Ninguém aprende nada,
Se não na dor.

Dor... Conviver...
Conhecer...
Contrair... Distrair...
Definir...

Tento limpar a cabeça...
Esquecer lembranças...
Lembranças não se esquecem.
A dor, não se esquece.

Não se limpa a cabeça de lembranças,
Como se limpa uma estante de livros.
Não se tira a poeira da memória
E deixamos apenas os livros.

Doe...
O tempo ameniza
Como se eu escondesse
A poeira embaixo do tapete...
Mas ela continua lá... Doendo.

Por: Eduardo H. Martins
Em: 05/07/2012