quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sinto-me louco...
Não essa loucura primária,
Que alguém criou padrões em uma linha,
Definindo e rotulando quem rasga ou não rasga dinheiro...
...Talvez minha angustiada loucura passe,
Assim que eu der um único grito!

Sinto-me pobre...
Pobre de espírito por não ter frustrações decentes,
Para mostrar a todos, que pelo menos tentei alguma coisa.
Mesmo que por menor que fosse, poderia dizer que tentei!

Sinto-me enojado...
Com todos aqueles que não se conformam em ter tudo;
Pois o importante mesmo, é que os outros não tenham nada...
Caso contrário, não teria a menor graça.

Sinto-me um perfeito idiota...
Por acreditar em promessas, ou em palavras doces,
E todas as besteiras que as pessoas dizem,
Quando precisam de alguém para consolá-las.

Sinto-me sujo...
Não como se tivesse rolado no chão
Com poeira ou lixo como um infeliz cão de rua.
Sinto-me sujo, como se uma puta tivesse roubado minha alma,
Para vender em uma feira qualquer, por alguns míseros trocados,
Usados para pagar por alguma sensação barata ou fuga
De seus sentimentos que ela viesse a chamar de “diversão”.
(Talvez eu fizesse o mesmo)

Sinto-me vil...
Vil por não conseguir pensar em belas palavras,
Quando não preciso criar desculpas,
Para dizer que não sou ninguém importante.

Sinto-me só...
E quando digo só,
Digo na mais perfeita solidão.
Sem ter para quem dizer minhas loucuras,
Ou Ter um ombro para suportar minha pobreza de espirito.
E minha frustração enojada por não Ter conseguido nada na vida...
...Talvez por isso... Eu seja realmente, um perfeito idiota!!!


Por: Eduardo Henrique
Em: 04/07/2007

Utopia Romântica


Agora sei que sou bem mais d’oque você precisa.
Cansei de implorar por atenção ou migalhas,
Cansei de tentar explicar suas falhas,
E de viver a margem dessa imagem por você construída.

Não sei por que ainda não te mandei pro inferno.
Pois não preciso de seus olhares manipuladores...
...Quando lhes convêm, se fazem sedutores.
De você nada terei alem dessa carência de inverno.

Cansei de deitar com você e deixar um sorriso em seus lábios,
E após o fato consumado, volto a me recolher a minha insignificância.
Nesses momentos me torno um objeto de primeira instancia,
Em outros momentos, quando busco explicações em pensamentos sábios.

Agora sei que quero bem mais d’oque os restos que você me oferece!
Pois faço planos futuros que não incluem você.
Apesar de não saber ainda muito bem o que fazer,
Só quero pôr para fora essa angustia que dentro de mim padece!


Por: Eduardo Henrique
Em: 14/01/2005

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cotidiano


Alguém sóbrio, alguém pálido,
Alguém querendo falar,
Alguém precisando ouvir,
Esperando alguém que não vai chegar.

Alguém feliz por motivo nenhum,
Alguém distraído, alguém ausente.
Alguém triste por todos os motivos...
E alguém esperando qualquer motivo.

Alguém com vergonha de andar,
Alguém com medo de sofrer,
Enquanto isso alguém no canto da sala,
Esperando algo acontecer.

O “querer” de alguém que não aconteceu.
Alguém que ganhou alguma coisa que não precisava...
...Mas aprendeu a gostar tanto,
Que se tornou indispensável!

Alguém fazendo amor, alguém fazendo sexo,
Alguém fazendo musica,
Alguém não fazendo porra nenhuma,
E alguém fazendo algo que alguém tem que fazer.

Alguém tão estúpido, que ainda pensa que a vida é bela!
Alguém que precisa ser o centro das atenções,
Alguém que grita, só pra se sentir alguém,
Talvez em algum lugar exista alguém como eu!

Alguém contando historias, querendo ser outro alguém...
...Entre tantos e todos, sou apelas mais um.
Alguém com tantos sonhos,
Que se tornou um ninguém, no meio do nada!

Por: Eduardo Henrique
Em: 01/06/2006