domingo, 5 de dezembro de 2010

Como quem não quer nada você se aproxima,
Com aquele olhar de quem quer tudo;
Você diz que quer só um pouco...
...Eu, Digo não... Que só um pouco... Eu não quero!

E percebo você pressionando seu corpo junto ao meu;
Seu rosto muda... Sinto alterações em sua voz.
É você... Trazendo toda sua volúpia para nós.
Entra em colapso a razão, restando um insolúvel tesão.

Sua respiração me diz que se aproxima o momento,
De rasgar suas véstias e gozar de sua concupiscência,
Sobrepor-te a toda e qualquer indecência,
Sem falsas expectativas nem arrependimento.

Sei que percebes que meu corpo, já sucumbe aos seus encantos.
Seu olhar me diz o que seus doces e grossos lábios pretendem.
...Quando sorri, tateando sua língua por onde passa...
...Insiste em descer lentamente em busca da região mais quente do meu ser.

Faça o que quiseres...De preferencia sessenta e nove vezes...
...Dance sobre meus lábios no ritmo que desejar.
Deixe-me ouvir o gemer de seu corpo.
Sem passo e sem compasso que por hora me basta, apenas dance.

Em seus movimentos já posso sentir sua música.
Enquanto entrelaço minhas mãos em suas melenas,
Trazendo-te ao encontro dos meus lábios, a espera de ser agraciado com seu calor...
Agora goze minha jovem mulher... Simplesmente goze!!!


POR: EDUARDO HENRIQUE MARTINS

sábado, 13 de novembro de 2010

Intransigência

É assim que são as coisas...
Eu não escuto,
Eu falo!
E não me calo antes de ninguém.

Se minha vontade não te importa,
Você não importa para mim.
E as coisas têm que ser assim...

Eu faço o que quiser fazer,
E você... Você aplaude.
Conto piadas e você sorri...
... Se não sorrir, “você” tem algum problema!

Te indico livros que são ótimos...
... Claro... Eu gostei!

Te explico coisas que não são do seu interesse,
Mas você precisa saber caso eu queira conversar com você.

Se eu lhe der a chance de se aproximar de mim,
Não desperdice... Pois hoje é seu dia de sorte.

E é assim... Não gostou?
Reclama com “Deus”...
Se “Deus” quiser me repreender, tenho o livre arbítrio de não querer ouvir.
Pois “Deus”... É o único que não consigo fazer com que preste atenção em tudo que faço!



Eduardo Henrique Martins
Em: 17/12/2007

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Sinto-me louco...
Não essa loucura primária,
Que alguém criou padrões em uma linha,
Definindo e rotulando quem rasga ou não rasga dinheiro...
...Talvez minha angustiada loucura passe,
Assim que eu der um único grito!

Sinto-me pobre...
Pobre de espírito por não ter frustrações decentes,
Para mostrar a todos, que pelo menos tentei alguma coisa.
Mesmo que por menor que fosse, poderia dizer que tentei!

Sinto-me enojado...
Com todos aqueles que não se conformam em ter tudo;
Pois o importante mesmo, é que os outros não tenham nada...
Caso contrário, não teria a menor graça.

Sinto-me um perfeito idiota...
Por acreditar em promessas, ou em palavras doces,
E todas as besteiras que as pessoas dizem,
Quando precisam de alguém para consolá-las.

Sinto-me sujo...
Não como se tivesse rolado no chão
Com poeira ou lixo como um infeliz cão de rua.
Sinto-me sujo, como se uma puta tivesse roubado minha alma,
Para vender em uma feira qualquer, por alguns míseros trocados,
Usados para pagar por alguma sensação barata ou fuga
De seus sentimentos que ela viesse a chamar de “diversão”.
(Talvez eu fizesse o mesmo)

Sinto-me vil...
Vil por não conseguir pensar em belas palavras,
Quando não preciso criar desculpas,
Para dizer que não sou ninguém importante.

Sinto-me só...
E quando digo só,
Digo na mais perfeita solidão.
Sem ter para quem dizer minhas loucuras,
Ou Ter um ombro para suportar minha pobreza de espirito.
E minha frustração enojada por não Ter conseguido nada na vida...
...Talvez por isso... Eu seja realmente, um perfeito idiota!!!


Por: Eduardo Henrique
Em: 04/07/2007

Utopia Romântica


Agora sei que sou bem mais d’oque você precisa.
Cansei de implorar por atenção ou migalhas,
Cansei de tentar explicar suas falhas,
E de viver a margem dessa imagem por você construída.

Não sei por que ainda não te mandei pro inferno.
Pois não preciso de seus olhares manipuladores...
...Quando lhes convêm, se fazem sedutores.
De você nada terei alem dessa carência de inverno.

Cansei de deitar com você e deixar um sorriso em seus lábios,
E após o fato consumado, volto a me recolher a minha insignificância.
Nesses momentos me torno um objeto de primeira instancia,
Em outros momentos, quando busco explicações em pensamentos sábios.

Agora sei que quero bem mais d’oque os restos que você me oferece!
Pois faço planos futuros que não incluem você.
Apesar de não saber ainda muito bem o que fazer,
Só quero pôr para fora essa angustia que dentro de mim padece!


Por: Eduardo Henrique
Em: 14/01/2005

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Cotidiano


Alguém sóbrio, alguém pálido,
Alguém querendo falar,
Alguém precisando ouvir,
Esperando alguém que não vai chegar.

Alguém feliz por motivo nenhum,
Alguém distraído, alguém ausente.
Alguém triste por todos os motivos...
E alguém esperando qualquer motivo.

Alguém com vergonha de andar,
Alguém com medo de sofrer,
Enquanto isso alguém no canto da sala,
Esperando algo acontecer.

O “querer” de alguém que não aconteceu.
Alguém que ganhou alguma coisa que não precisava...
...Mas aprendeu a gostar tanto,
Que se tornou indispensável!

Alguém fazendo amor, alguém fazendo sexo,
Alguém fazendo musica,
Alguém não fazendo porra nenhuma,
E alguém fazendo algo que alguém tem que fazer.

Alguém tão estúpido, que ainda pensa que a vida é bela!
Alguém que precisa ser o centro das atenções,
Alguém que grita, só pra se sentir alguém,
Talvez em algum lugar exista alguém como eu!

Alguém contando historias, querendo ser outro alguém...
...Entre tantos e todos, sou apelas mais um.
Alguém com tantos sonhos,
Que se tornou um ninguém, no meio do nada!

Por: Eduardo Henrique
Em: 01/06/2006

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Um dia de cada vez.

Só por hoje não quero saber de nada...
Hoje não faço planos, não respondo perguntas, não ouço respostas...
O mundo não vai acabar se ficar um dia sem minhas conjecturas!

Só por hoje não vou viver a vida de ninguém.
Não vou tentar mudar nada que não seja de minha alçada,
Vou me tornar invisível aos problemas que me assolam,
E não vou fazer nada que não seja por mim.

Só por hoje não vou parar para consolar ninguém que esteja chorando,
Não vou perguntar a ninguém se sua vida está bem.
Pois alguém pode pensar que eu realmente estou preocupado...
Se hoje alguém precisar chorar, não será sobre meus ombros!

Só por hoje não estou disponível.
Vou seguir minha lista de afazeres...
...Não vou dar esmolas...
Bom dia... Boa tarde... Boa noite... E só!

Só por hoje vou tentar viver minha vida.
Vou rodear-me dos meus problemas.
E se, só por hoje eu conseguir,
Talvez amanhã eu tente novamente.

...E depois de amanhã também... E depois... E depois... E depois...
Quem sabe um dia isso se torne um habito!
Quem sabe um dia eu consiga me comportar como um mortal...
...Egoísta, como qualquer ser humano simples e comum!


Por: Eduardo Henrique
Em: 20/02/2008

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Estou farto de olhares críticos,
Ou palavras inúteis carregadas de consolo.
Estou farto de tapinhas nas costas...
...Em sinal de afago ou admiração, por alguma merda que fiz!

Cansei de dizer às gracinhas que todos esperam que eu diga,
E de esperar que as pessoas digam o que eu gostaria ouvir.
Cansei de ouvir frases prontas, que alguém disse quando não tinha o que dizer,
E de ouvir textos e discursos alto críticos infestados de virtudes hipócritas.

Faço minhas refeições no momento que sinto vontade,
Mas faço isso com tanta freqüência, que já parece ser previsível.
Acho que já é esperado que eu haja de forma inesperada,
E acordar no meio da noite cheio de idéias, já se tornou um habito!

E me pergunto: “Se essas atitudes são realmente espontâneas”
Sou assim porque simplesmente sou, ou sou porque quero ser?
A maioria das pessoas não me sabem responder,
E meus melhores amigos estão bêbados de mais pra conversar!


Por: Eduardo Henrique Martins
Em: 15/03/2006

domingo, 15 de agosto de 2010

D'Evolução

Se não precisa de mim,
Não me chame.
Se não quer me cuidar,
Abandone-me.

Se não me ouve,
Não me pergunte.
Se não quebrara,
Deixe que alguém junte.

Se não acariciar,
Não queira amor.
Se não provocar,
Não exija calor.

Se não me beijar,
Não sentira meu sabor.
Se não pedir,
Não dou, não dou, não dou.

Se não me preferir,
Não me almejou.
Se não decidir,
Não digo que vou.

Se não fingir,
Não te faço gozar.
Se não fugir,
Não vou procurar.

Se não mentir,
Não vou te amar.
Se não ferir,
Não vou chorar.

Se não desistir,
Não partirei.
Se não agredir,
Não crescerei.

Se não me quiser,
Não me distrai.
Se não se vestir,
Não deixe que eu saia.

Se não for feliz,
Não me faça acreditar.
Se não for uma meretriz,
Não fique... Vá... Vá... Vá!

Por: Eduardo H. Martins
Em: 11/08/2010

sábado, 31 de julho de 2010

O ébrio

Agora vejo com quem falhei;

A quem realmente trai.
Com quem cometi erros,
Para quem tanto menti.
Em vida nada fiz...
...Caminhei para fora de mim.
Deixando para traz,
Olhares, contos e nomes;
Que outrora me fizessem lembrar de alguns momentos engraçados,
Trágicos, ridículos... Ou não!

Momentos esses que se confundem com lembranças de mulheres com sorriso nos lábios!
Que também não faço idéia de quem sejam;
Deleitando-se sobre o vazio de minh’alma!

Por: Eduardo Henrique Martins
Em:25/01/2002 – 25/01/2007

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando ela voltar...

Ainda estou um pouco confuso, ainda não sei muito bem o que aconteceu!
Entre tantas dúvidas, tenho apenas uma certeza; Você não esta mais aqui.

Não tenho mais seus olhos a velar meu sono; Não vou mais acordar com você fazendo barulho, pedindo desculpas por que foi sem querer; Mas na verdade era isso mesmo que você queria, pois já estava de saco cheio de ficar acordada sozinha.

Não sinto mais suas mãos percorrendo meu corpo, sorrindo suavemente esperando qual seria minha reação.

Você não estará mais aqui quando eu tiver alguma coisa engraçada pra contar, ou quando eu simplesmente quiser conversar...

...Mas também não vou precisar ouvir mais seus gritos e reclamações quando eu fizer alguma estupidez; Não vou precisar quebrar meu despertador pela milésima vez, tentando acertar em você, quando pela manhã eu não quiser acordar e você insistir em fazê-lo.
Não tenho que me preocupar em perguntar sua opinião sobre mais nada; Até por que elas não mais importam.

Sei que agora posso fazer até o que não tenho vontade; Pois você não está mais aqui.
...Mas essa noite eu tive um sonho, lá você se despedia com um longo abraço e um beijo inocente em meus lábios, quase como se fossemos irmãos.
Com as costas de sua mão esquerda, acariciava suavemente meu rosto, enquanto aparava as lágrimas que caiam densamente de meus olhos que já neste momento, catatônicos com tal abandono.

Ela disse: “É chegada a hora de deixarmos para traz uma história de amor e algo mais, uma história de dor e dependência, qualquer raiva ou rancor ficou pra traz, junto com tanta inconseqüência”.
Sem mais explicações, deu-me as costas... Em um ato de desespero por um motivo racional que me fizesse compreender o por que de tanta frieza; Mesmo sabendo que naquele momento não haveria razão que me fizesse compreender coisa alguma, deu-me as costas como quem da as costas a um estranho, ainda gritei em uma última tentativa; Porque não tenho direito ao menos a uma explicação?
...E quando ela percebeu que as pessoas ao seu redor estão a observando após meus gritos exaltados já quase em meio aos carros... Ela ergue seu corpo e traz as nuvens ao nariz de uma forma que eu tanto admirava quando ela fazia com quem a importunasse nas ruas, então ela desapareceu na esquina com todo aquele ar de desprezo, e aquilo era pra mim!

Foi quando percebi que realmente um estranho eu era.
Confidenciei meus segredos a uma estranha, dormi com uma estranha, planejei um futuro com uma pessoa que nunca vi na vida!
Comecei a caminhar completamente sem rumo; Eu só queria sair daquele lugar onde tudo aconteceu.
Tentava pensar, mas não consegui ouvir meus próprios pensamentos; Perdi a noção de quanto tempo desperdicei pensando nela, os dias seguintes passei vendo seu rosto em fundo de copos de uísque, rum, vodca ou conhaque... E todas essas bebidas pareciam ter o mesmo gosto amargo e salgado de lágrimas!
Quando recebi a notícia que por um momento de ódio até desejei que acontecesse, mas nunca pensei realmente que fosse possível.
Ela veio a falecer... Sempre pensei que um dia chegaríamos a rir de tudo aquilo, mas nada disso aconteceu!
Nada de sorrisos, nada de caricias, nada de beijos ou abraços; nem mesmo um esbarrão por acaso em uma rua
Qualquer!

Nada... Ela se foi sem sequer se despedir.
Restando apenas eu e minhas lembranças... Me perdi...Lembrando de como nos conhecemos.
Aquele jeito doce de menina querendo parecer mulher; Estabanada, desajeitada.
Querendo saber de tudo; Mas quando tentava se inteirar do assunto; Parecia entender menos ainda. E me olhava com aquela expressão de quem pede socorro... Eu não veria mais aquele rosto.

Acordei assustado, suando frio com as mãos tremulas, e aos poucos fui percebendo que foi um sonho... Pesadelo na verdade...Mas só a parte de sua morte.
O resto continuava igual; Já haviam se passado dois meses de nossa separação, mas os dias pareciam iguais.
E eu... Bebia vodca para disfarçar o gosto de uísque, que na verdade parecia ter sabor de saudade.

Eis que um dia senti algo estranho, parece que ouvi alguém bater... Resolvi abrir a porta.
Era você, de cabeça baixa, olhos frustrados, vazados de dor.
Olhando para mim como quem pede colo.
Sem dizer nada te abracei; Você também não precisava dizer nada. Mas mesmo assim você disse que sentiu minha falta; Que pensou em mim muitas vezes; Quando precisava conversar com alguém, lembrava de mim.
Lembrava de mim quando queria falar, quando precisava ouvir ou quando queria apenas sorrir.
Não precisa me dizer essas coisas, pois com essa voz tremula e chorosa, com os nervos a flor – da – pele, já me dava à impressão de que eu estivesse cobrado alguma explicação; Como se eu precisasse ouvir que minha presença faltou em sua vida.
Aquele momento era seu... Eu estava ali, porque alguém precisava de mim. Por coincidência era você... Alguém que eu amava...Alguém que eu gostava de cuidar!
Talvez por isso fosse mais importante para eu cuidar de você... Sua dor...Era minha dor!
Eu precisava que você estivesse bem, ou eu também não estaria... E você chorava...chorava...E eu te abraçava com tanta força, talvez na tentativa de trazer para mim todo aquele sofrimento, toda aquela angustia...Mas não consegui.
Me senti tão impotente, aquela aflição foi se apossando de mim e sem controle desabei a chorar já que não conseguia fazer com que você parasse, e tudo que me restava era tomar-te em meus braços e trazer-te de encontro ao meu peito tentando te proteger e ninar-te, como uma criança indefesa enquanto eu chorava... E já não sabia de onde vinha tanto sofrimento; Se de mim, por não suportar suas lágrimas que eu sabia que caiam por outro que não eu. Ou de você, pois sua primeira tentativa de ser feliz longe de mim, fora inconcebível!?
Sei que apostava todas as suas fichas em alguém; E imaginou que mesmo pensando em mim algumas vezes, achava que esse alguém, pudesse fazer esses pensamentos se tornarem meras lembranças num futuro bem próximo.
Mas não foi isso que aconteceu!
Deve Ter sido muito difícil para você, saber que só existia um lugar para onde você pudesse ir.
E você veio... Talvez por isso, tantas justificativas...Dizendo que ainda pensava em mim.

Aos poucos e bem lentamente suas lágrimas foram secando e o silêncio se fez presente... Olhou para mim, já com uma pequena intenção de sorriso nos lábios...Os olhos ainda tristes, mas pensativos...Ameaçou tocar com seus dedos em meus lábios. Mas recolheu-se rapidamente por alguns segundos... Quase consegui ler o que estava pensando...
E disse: “Que bom que tenho você.”
Me assustei um pouco com aquilo.
Não sabia se tinha compreendido direito; Não se isso soava como: Que bom que eu tenho você!!!
Ou como: Que bom que eu tenho para onde correr, em uma dessas tempestades de desespero desarvorado... E fiquei sem saber o sentido verdadeiro da frase.
Até por que percebi que seus olhos estavam meio sonolentos... Lhe dei alguns minutos para que ela caísse no sono profundamente, e sai devagar, deixando-a deitada sozinha.
Me sentei ao seu lado, acendi um cigarro... e velei seu sono como a muito não tempo não fazia.
Olhei para ela até me cansar de tanto pensar em tudo que havia acabado de acontecer... E foi então que percebi que ela estava diferente. Estava dormindo e mesmo assim parecia diferente; Essa ida dela para algum lugar não sei com quem, a tornou diferente!
Sei que nesse turbilhão de pensamentos e hipóteses, quando me dei por conta o dia já estava amanhecendo, e ela abriu os olhos meio assustada, e eu estava ali sentado... Ela percebeu, claro que ela percebeu que eu estava a velar seu sono; Até por que ela adorava fazer isso comigo.
Eu ainda tentei disfarçar, mas ela deu um sorriso e perguntou se eu estava acordado há muito tempo.
É claro que eu disse que não, mas eu também já estava sorrindo... Acho que ela não acreditou!
Espreguiçando-se veio em minha direção e sentou-se ao meu lado, colocou o queixo no meu ombro e me pediu um cigarro; Enquanto eu pegava o cigarro, ela sussurrou em meu ouvido. “Te amo”
Pegou o cigarro da minha mão e enquanto ela acendia o cigarro colocou-o entre os dentes, para que eu pudesse ver que ela estava sorrindo.
Eu já não sabia como agir, já não sabia o que dizer, não sabia o que pensar, embora a cabeça estivesse fervendo de tantos pensamentos; Afinal eu tinha pensado a noite inteira enquanto ela dormia.
Que diabos a essa altura até eu já precisava de outro cigarro!
Ela sem maiores movimentos deu um profundo trago no cigarro... Deu um beijo no meu rosto e disse: “Tenho que ir.”
Levantou-se, foi até o banheiro... Lavou o rosto e foi embora.
Sem respostas... Sem explicações...Sem justificativas...Sem lágrimas...Simplesmente se levantou e foi embora.
Muito diferente de como chegou, deixou apenas seu perfume em meu travesseiro, lágrimas em minhas roupas e duvidas em minha cabeça.
Foi ai que me lembrei... Ela estava diferente...Trejeitos suaves...Manipulando suas emoções e as minhas, ela aprendeu a se aproveitar...Deve ter aprendido a mentir também!?!?
Ela aprendeu a usar pessoas; E desta vez, fui eu.
Minha menina cresceu... Tornou-se uma mulher...Do pior tipo de mulher eu diria!
E agora, e mais uma vez me resta aquele sentimento de perda acompanhado desse vazio no peito.
E chego a pensar que por um momento, em meus sonhos lamentei por sua morte.
Talvez fosse melhor que você tivesse realmente morrido.
Pois de uma coisa eu tenho certeza; De assombração morta eu sei que não tenho medo!!!


Por: Eduardo Henrique
Penso... Penso... Penso... Pensar não dói,
O que dói são as conclusões do pensamento.

O que sou, é boa parte do que penso,
O que penso nem sempre, é o que sou.
Nem sempre os pensamentos, são frutos da minha mente.
Mas são as únicas coisas que consigo manter secretas.

Meu pensar, é meu mundo.
Meu pensar, é meu refugio.
É em um pensamento,
Que as decisões são decididas,
Que a lágrima é chorada,
Que a mágoa é confortada,
Que a ferida é fechada,
Que a vida é vivida,
Após uma noite maldormida,
Por tantos pensamentos tolos.

Pois em meus pensamentos,
Não preciso ser hipócrita.
Posso pensar, e dizer que não...
Da boca pra fora, é outro mundo...
Posso pensar... Posso até dizer que pensei...
Sem ter pensado em merda nenhuma.

Posso concordar... E ter uma opinião completamente inversa, sobre qualquer coisa... Mas às vezes dói... Não o pensamento...
As conclusões... Pois as outras pessoas também estão pensando!
Por isso penso... Logo desisto!

Por: Eduardo Henrique Martins